terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Usuários de crack ficam sem tratamento após esperar 8 h em SP

Léo Arcoverde
do Agora
Levados em vans da Secretaria Municipal da Assistência Social para a AMA (Assistência Médica Ambulatorial) Boracea, na Barra Funda (zona oeste), usuários de crack esperaram ontem por oito horas para serem transferidos para clínicas de tratamento.
Como não conseguiram vaga, voltaram para a cracolândia.
Agora acompanhou seis dependentes de crack levados à unidade.
Cinco chegaram à AMA juntos em uma van às 11h. Só dois conseguiram vaga em uma clínica, e foram transferidos no fim da tarde para o Said (Serviço de Atenção Integral ao Dependente) Heliópolis (zona sul), unidade de internação.
Um desistiu de aguardar e foi embora e os outros dois ficaram à espera das vagas, sem sucesso, até as 19h --horário em que a AMA fechou.
O sexto chegou às 14h30. Como também não conseguiu vaga, foi às 17h30 a um albergue da prefeitura na Barra Funda.
Moradora da cracolândia há 15 anos, a cabeleireira Érica Aguiar de Lima, 29 anos, ficou sem vaga.
Ela disse que ação anticrack, feita pela Polícia Militar desde a última terça-feira, contribuiu na decisão de procurar tratamento.
"Ficou perigoso. A gente não consegue nem dormir direito. Mas, o absurdo é eu ficar o dia inteiro e não conseguir vaga."
Resposta
A Secretaria Municipal da Saúde disse em nota que vai apurar por que os usuários não receberam atendimento e tratará de corrigir os erros e punir os responsáveis.
A pasta informou que o fato de três dos seis usuários de crack acompanhados pela reportagem não terem recebido tratamento "não corresponde à orientação passada pela pasta".
Segundo a secretaria, todos aqueles que procurarem ajuda deverão ser atendidos. "Não é verdade que haja falta de vagas de internação. Elas existem e estão disponíveis a quem procurar ajuda", disse a pasta.
  • Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta terça, 10 de janeiro, nas bancas
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