domingo, 15 de janeiro de 2012

PRIAVATARIA TUCANA NA CPI QUE VAI PROVAR QUEM ROUBOU O BRASIL

Amaury diz que CPI da Privataria Tucana vai revelar mais desvios – Hora do Povo

 
 
 
 
 
 
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“Tenho mais 1.000 páginas sobre as falcatruas”, disse o autor que escreveu “A Privataria Tucana” 
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O jornalista Amaury Ribeiro Junior, autor do livro “A Privataria Tucana”, afirmou, em entrevista à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, na semana passada, que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) protocolada pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) vai trazer a público muito mais denúncias sobre a roubalheira tucana do que as que estão em seu livro. A “CPI da Privataria”, que recebeu 206 assinaturas de apoio, das quais 185 foram validadas – 14 a mais do que o mínimo necessário, deverá ser instalada logo no início dos trabalhos parlamentares de 2012.

“Meu livro possui 105 páginas de documentos que comprovam que pessoas ligadas ao PSDB receberam propinas milionárias dos grupos que se beneficiaram das privatizações feitas na época do Fernando Henrique Cardoso, mas eu possuo mais de 1.000 páginas com uma farta documentação sobre as falcatruas”, disse o jornalista. “Estou pronto para colaborar com a CPI e mostrar que os grupos que levaram as teles repassaram propinas para as pessoas do PSDB que pilotaram o processo de privatização. Eles usaram empresas fantasmas nos paraísos fiscais do Caribe para trazer o dinheiro das propinas para dentro do Brasil”, acrescentou.

“O Carlos Jereissati, por exemplo, que é irmão do Tasso Jereissati, ficou com uma grande fatia das teles. Ele usou uma empresa localizada nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal situado no Caribe, para repassar recursos para Ricardo Sérgio, então diretor da área Internacional do Banco do Brasil e caixa de campanha de José Serra e Fernando Henrique”, denunciou Amaury. “Eu tenho documentos que comprovam que Carlos Jereissati, que ficou com a Telemar/OI, depositou recursos na conta de Ricardo Sergio de Oliveira”. “O Ricardo Sérgio dava as cartas de fiança e, através do seu braço direito, o João Bosco Madeiro da Costa, diretor de investimento da Previ, manipulava os fundos para viabilizar os consórcios”, explicou.

Ele lembrou que existiam dois grupos operando em paralelo o processo de entrega das empresas de telefonia. Um era comandado pelo próprio Ricardo Sérgio e o outro pelo Mendonça de Barros. “O Mendonção (Luiz Carlos Mendonça de Barros), que tinha sido Ministro das Comunicações, e o Ricardo Sérgio, estavam associados com os grupos do Jereissati e com o Opportunity, do Daniel Dantas”, esclareceu. “Eles bancaram os recursos para viabilizar os consórcios desses grupos e receberam as propinas deles através dos paraísos fiscais”, prosseguiu Amaury, aos ouvintes da Rádio Itatiaia.

“Não era uma questão apenas partidária. Era propina mesmo que foi embolsada pelas pessoas envolvidas no processo de privatização. Isso está provado com documentos irrefutáveis e tudo vai ficar muito claro na CPI”, prosseguiu Amaury. “O Ricardo Sérgio manipulava os fundos de pensão e o Mendonça o BNDES. Ninguém tinha dinheiro para comprar as teles”, salientou o jornalista. “Eles obtiveram recursos públicos – do BNDES e dos fundos de pensão – e, além disso, tinham também as cartas de fiança do Banco do Brasil”, apontou.

“Eu acusei o Ricardo Sérgio de lavagem de dinheiro e ele me processou. Aí também entrei com um processo chamado ‘exceção da verdade’ e ganhei. Com isso, obtive o direito de ter acesso às provas para me defender dos ataques do Ricardo Sérgio”. “Em 2004, a CPI do Banestado tinha acabado num acórdão. Eu pedi acesso ao relatório. Eles não queriam me entregar os documentos e o juiz disse para eles, ‘ou vocês entregam esses documentos para o Amaury, ou nós invadimos a CPI para pegá-los’. “Foi assim que os documentos vieram à tona”, explicou o autor do livro que bateu recordes de vendagem.

Segundo Amaury, só o Ricardo Sérgio internalizou cerca de 20 milhões de dólares e comprou com esses recursos ações de empresas, salas e prédios. “Por coincidência, ele comprou o prédio inteiro onde funcionava o escritório do Marcos Valério em Belo Horizonte”, assinalou. “Eu descobri que eles usavam para a lavagem do dinheiro a mesma empresa, o mesmo escritório, nas Ilhas Virgens, que era usado pela filha do Serra e pelo genro do Serra”.

“O dinheiro da Verônica Serra foi mapeado. Logo depois que o consórcio do Opportunity ganhou as empresas de telecomunicações nos leilões, ela pega e monta uma empresa de 5 milhões de dólares em Miami, junto com a irmã do banqueiro dono do Opportunity (Verônica Dantas). A filha do Serra disse que era só diretora, mas eu achei um documento provando que ela era sócia da empresa junto com a Verônica Dantas”, revelou o jornalista.

“O mesmo escritório que lavava dinheiro no Caribe jogou o dinheiro na empresa da Verônica Serra. Uma operação clássica de internação de dinheiro”, completou Amaury. O jornalista Eduardo Costa, que entrevistou Amaury, chamou os ouvintes da rádio mineira a se indignarem com a “roubalheira”.


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