domingo, 15 de janeiro de 2012

Movimentos sociais fazem ato na cracolândia contra ação policial

14/01/2012 - 17h58 - Atualizado em 14/01/2012 - 17h58


Churrasco para protestar contra ocupação da cracolândia

AGÊNCIA BRASIL

Centenas de pessoas mobilizadas por 58 movimentos sociais estão reunidas na esquina da Rua Helvétia com Dino Bueno, um dos pontos mais críticos da Cracolândia, para protestar contra o trabalho policial do governo do Estado que tenta coibir o uso de crack e a ação de traficantes no local.

O ato iniciado por volta das 15h30 foi denominado de Churrascão da Gente Diferenciada e tem entre os participantes a organização não governamental (ONG) Coletivo Dar (Desentorpecendo a Razão). Em sua página na internet, a Coletido Dar fez um convite público e recomendou às pessoas que levassem carne, pão, frutas e vinagrete, além de instrumentos musicais, bebidas, de preferência não alcoólica, e cartazes.

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O nome do ato faz uma referência à resistência de moradores do bairro de Higienópolis, na zona oeste, à construção do metrô naquele bairro. Em maio do ano passado, os moradores do bairro fizeram manifestação pela não construção de uma estação do metrô alegando que o transporte de massa poderia atrair usuários de drogas.

Para Gabriela Moncau, uma das coordenadoras do ato promovido neste sábado, "a pretexto de resolver o problema do crack, o que [as autoridades] pretendem é demolir um terço das construções [do local] para substituí-las por bens mais valorizados". Ela avalia que a população-alvo é vítima da falta de emprego e de moradia, necessitando ser atendida por um programa social.
foto: Agência Estado
Churrasco na cracolândia em protesto por ocupação
Churrasco na cracolândia em protesto por ocupação
"Somos contra essa invasão militar [ação policial] e a favor que se respeite os direitos humanos", justificou Lucas Pretti, um dos coordenadores do Movimento BaixoCentro e produtor cultural da Transparência Hacker. Na avaliação dele, retirar à força os dependentes químicos da cracolândia não resolve a questão. Hoje (14) pela manhã, o governador do estado, Geraldo Alckmin, informou que 80 dependentes químicos deixaram a cracolândia voluntariamente.

Além de manifestar-se contrário ao trabalho feito pela prefeitura de São Paulo e pelo governo estadual, Pretti defende que os moradores da cidade devem ter um outro olhar para o problema, ocupando os espaços em atividades lúdicas e culturais. "Acho que a gente deve de parar de falar mal da cidade e propor atividades de artes e cultura."

Desde sexta-feira (13), o Movimento BaixoCentro promove eventos nos bairros da Luz, Santa Cecília, Vila Buarque e Campos Elíseos com o objetivo de angariar recursos para fazer um festival na região, no próximo mês de março. Ontem, ocorreu o desfile do bloco carnavalesco Filhos da Santa, antecedido por um passeio de bicicleta. Hoje (14), a Transparência Hacker se juntou ao Churrascão da Gente Diferenciada depois de um passeio de ônibus pela região em que os participantes puderam fotografar e fazer vídeos do cenário da cracolândia.

Neste domingo(15), o movimento promove uma festa de samba na Casa da Cultura Digital, que fica na Rua Vitorino Carmilo. 


Churrasco reúne viciados e ativistas na cracolândia

Folha de S.Paulo
Convocado pelo Facebook, o "Churrascão da Gente Diferenciada, Versão Cracolândia", levou 100 kg de carne, linguiça, pães e vinagrete para uma confraternização com os dependentes químicos e moradores dos cortiços da região central de São Paulo. O objetivo: protestar contra a violência policial na cracolândia.
Cerca de 1.500 pessoas, segundo os organizadores, atenderam ao chamado. A PM, que filmou todo o protesto, não fez uma estimativa de comparecimento.
"Para nós, a única forma de enfrentar o problema do crack é com moradia, emprego, saúde, educação, enfim, com condições dignas. Tratar os dependentes como lixo social só piora a situação deles", disse Anderson Lopes Miranda, 36, coordenador do Movimento Nacional da População de Rua.
Os usuários de crack fizeram fila na frente das três churrasqueiras que assavam a carne, enquanto estudantes universitários, militantes virtuais do movimento "Transparência Hacker", médicos e psicólogos arriscavam-se no samba.
Um jovem dependente tentou puxar o cachimbo para fumar uma pedra e foi repreendido por um colega. Mais de 40 moradores da cracolândia atuaram como 'seguranças' informais no protesto. Uma quadra acima, cerca de 200 viciados consumiam crack.
 Atualizado em sábado, 14 de janeiro de 2012 - 17h35
 Atualizado em sábado, 14 de janeiro de 2012 - 17h35

SP: manifestantes fazem "churrascão"

O grupo tem por objetivo protestar contra o tratamento aos dependentes de drogas durante operações policiais
Churrasco na Cracolândia / WERTHER SANTANA/AGÊNCIA ESTADO/AEChurrasco na CracolândiaWERTHER SANTANA/AGÊNCIA ESTADO/AE


Manifestantes realizaram um "churrascão de gente diferenciada" na Cracolândia, centro de São Paulo, na tarde deste sábado na rua Helvétia.


A região, conhecida como reduto de viciados em crack, é alvo de recente ação da Polícia Militar para coibir o uso da droga no local.


O intuito da manifestação, segundo o coletivo Dar (Desentorpecendo a Razão), um dos responsáveis pela mobilização, é protestar contra o tratamento dado aos dependentes da droga durante a operação policial.


Balanço da Operação Policial
De acordom com o último balanço da Polícia Militar, os agentes já prenderam 107 pessoas, sendo 37 foragidos, na Ação Integrada Centro Legal, que acontece na cracolândia desde o dia 3 de janeiro deste ano.


Também já foram feitas 3.744 abordagens policiais, 1.104 abordagens sociais e 1.127 abordagens por agentes da saúde. Além disso, foram encontradas duas armas de brinquedo e cinco carcaças de motocicletas.


Nas abordagens dos agentes da saúde, 73 pessoas foram internadas, nove encaminhadas para hospitais. Tiveram também oito levadas para o Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas), sendo duas grávidas. Outras 189 pessoas foram encaminhadas para outros procedimentos relacionados à saúde.


Cerca de 78 toneladas de lixo foram retirados do local nesses dez primeiros dias de operação.

Churrasco na Cracolândia
WERTHER SANTANA/AGÊNCIA ESTADO/AE





2 comentários:

  1. parabens policiais q estão nessa ação na cracolandia isto dai é uma vergonha p são paulo ter de modelo um lugar desse tem q acabar com isso mesmo

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  2. E por estes e outros "atos sociais", que estes (na grande maioria bandidos), nao sai das ruas e nem procuram ajuda e nem a aceita quando a oferecem.

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